Revendo umas actividades do meu tempo escolar, me deparei com uma da matéria de Filosofia. E, como de costume,
libertinagem era um assunto frequente nela. Houve uma em especial que nos foi pedido para escrever uma redacção sobre "liberalismo". Pensei comigo então que, talvez não fosse inútil publicar no blogue alguns trechos dela. Era Advento quando escrevi, e no Brasil, também final de ano lectivo. Mantive no texto a forma original como escrevi na altura, por isto desculpai-me, ó Portugal.
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S. Antão sendo tentado pelo demónio. |
"(...) Ora, a liberdade é a faculdade humana de nos movermos no bem. Logo, não seria um ato livre o crime; não seria um ato livre o do suicida que, enganado pela opressão do desespero age atordoado pela “coação” de uma situação ou contexto. O ato verdadeiramente livre só é possível dentro do bem e da verdade e não sobre coação e no meio do engano.
O autor, dopado pela ideologia que o deformou, ignorando o sentido próprio de “liberdade”, não está realmente em liberdade quando emite os seus erros de opinião; ele é uma vítima do erro e por isso retira as consequências erradas do erro, visto que do erro não provém a verdade. É um cativo que cogita sobre um objeto inexistente, uma fábula.
Tanto é assim que, reduziu o seu conceito de liberdade ao ato de agir. Segundo esta redução absurda, tanto seria livre o homem que, cego de raiva esfaqueia outro, como o homem que, por amor aos seus filhos abdica de bens pessoais para garantir-lhes a alimentação necessária. Então, seria livre também o Estado que age contra cidadãos a que considera inimigos da nação, tal como seriam estes livres para cometer atentados! (...)"
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