Santo Ato, que outros chamam Atão, foi Português (na mais provável opinião) natural de Beja: partiu deste Reino para Roma a visitar os lugares Sagrados daquela Cidade. Atraído da fama que corria por toda a parte, do rigor com que viviam os Monges da Congregação de Valle Umbrosa [Beneditinos, fundado por S. João Gualberto], os foi visitar, e entre eles recebeu o hábito no ano de 1125 onde aproveitou tanto no caminho da perfeição, que transferido para o Bispado de Parma, São Bernardo de Ubersio, Geral que era da mesma Ordem, foi eleito por seu sucessor o nosso Santo Português, oitavo na Série dos Gerais. No tempo do seu governo procedeu com admirável prudência, profunda humildade, e suavíssima mansidão. Edificou de novo muitos Mosteiros, e aperfeiçoou outros muitos. O Clero da cidade de Pistoria [Pistoia] o pediu a Inocêncio II para seu Bispo, e o Pontífice o obrigou por obediência a que aceitasse a Dignidade. Nela, nem mudou o hábito, nem os costumes da Religião: governou aquela Igreja vinte anos com insignes mostras de piedade; passou a logro da Coroa imortal neste dia [22 de Maio], ano de 1153. Na vida, e depois da morte resplandeceu em milagres.
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