Dom Francisco Xavier de Meneses, Conde da Ericeira, do Conselho de Sua Majestade, Deputado da Junta dos três Estados, Governador da Cidade de Évora, Director e Censor da Academia Real Portuguesa, que ainda felizmente vive, honra e perpetuamente honrará a República Literária, como em tudo filho único, e herdeiro do morgado das letras da casa de seu pai Dom Luiz de Meneses, de quem acima falamos. Querendo fazer comunicável a Universidade das suas belas letras e dirigir corações, tirando destas as especulações inúteis, instituiu no seu palácio um congresso de pessoas eruditas com o título de Academia Portuguesa, cujas Leis se compreendiam em vinte e dois preceitos. Neste dia [26 de Maio], ano de 1717 principiaram as assembleias desta Academia, e se continuaram todas as quartas-feiras de tarde até ser incorporada esta Academia na Real Portuguesa. Naquela, em cada um dos seus Congressos, havia sempre uma lição de Filosofia moral, outra de Filologia, assuntos para dissertações, Matemáticas, Físicas, Morais, e Críticas, e para versos, questões sobre a língua Portuguesa, e um extracto das notícias literárias da Europa. Assistiam às conferências os Senhores Cardeais, Núncios, Embaixadores, e as pessoas mais ilustres, e doutas da Corte.
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